Matilha é a nova série da RTP, protagonizada por Afonso Pimentel, Margarida Vila Nova e Ricardo Pereira. O marido de Francisca Pereira volta a dar vida a um criminoso e conta-nos como será a sua personagem. “Não é uma pessoa que queremos ter por perto”, começa por afirmar, entre risos. “Muito duro, muito intenso, é um assassino profissional, um bandido. Ele não pergunta duas vezes, ele executa. Ele está determinado a recuperar uma carga de droga que está num determinado lugar e precisa de ajuda de quem domina alguns setores”.
O ator revela ainda que o afastamento das novelas é uma opção sua e que tem apostado em projetos mais curtos. “Tivemos a ideia de interromper agora durante um tempo o género de novela, tanto no Brasil como em Portugal, e partir para projetos mais curtos, diferentes também nas suas narrativas, diferentes no tipo de personagens que me vão aparecendo e que me permitem desafios bastante distintos daquilo que eu tenho feito em novela”.
Nos últimos cinco meses, Ricardo Pereira esteve a gravar uma série chamada Eva e Nicole, uma série de época, que fala sobre o aparecimento da noite em Marbella nos anos 80. “Acabei a série no dia 22 de dezembro, série essa que vai estrear em Espanha. A série foi totalmente rodada em espanhol, foi mesmo muito intenso. Foi abdicar de tudo e focar-me ali 24 horas por dia, abdicar de muitas horas de descanso. Estava completamente exausto”, assume.
“Já não tinha cães há muito tempo”
Questionado sobre o que se segue, o ator não hesita em responder. “Agora é pantufas e pijama”, brinca, adiantando que vai aproveitar para descansar durante o mês de janeiro e fevereiro. Recentemente, Ricardo e Francisca Pereira decidiram mimar uns filhos com um presente muito especial, um cão. “A reação deles foi espetacular. Foi um grande passo ter um cão, é uma grande responsabilidade”.
“Eu sempre tive cães, e já não tinha cães há muito tempo. A minha vida também não me permitia, andei muitos anos a saltitar de um lado para outro e a Francisca também sempre teve cães e eu acho que, eu pelo menos senti isso, eu desenvolvi-me enquanto jovem, criança adolescente, com um cão sempre por perto e sempre entendi que esse era um equilíbrio perfeito em qualquer família. Eles estavam-me sempre a pedir um cão e eu e a Chica achámos que fazia muito sentido, é bom para o desenvolvimento deles, para lhes incutir alguma responsabilidade… Sabemos também que vai sobrar sempre para os pais, faz parte”, assume, entre risos, “mas tenho sido surpreendido, não sei se é por causa do arranque mas eles têm prazer em ajudar em cuidar dele e isso é muito bom”.
Texto: Sofia Pinto (sofia.pinto@worldimpalanet.com) Fotos: Tito Calado e Reprodução Instagram
