Brevemente em “Para Sempre”, Bento (Luís Esparteiro) pede a Arnaldo que entregue dinheiro a Alonso e ele sai. Recorda o pós-incêndio, quando Alonso o alertou de ser fogo posto, Maria das Dores (Patrícia Tavares) interrompe-o, sabe que ainda deve estar chateado com ela, mas precisa pedir-lhe ajuda para uma pessoa.

Bento recorda a discussão com Alonso, mas desperta com a chegada de Felícia (Sofia Grillo), que vem com ar infeliz, sinais de choro e atrapalhada começa a falar da remodelação, bastante desorganizada. “Onde é que nós íamos?… Ah, o mosaico do chão do pavilhão de caça.” Bento interrompe-a e sossega-a, ela desabafa que discutiu com César (Pedro Almendra) e Mafalda (Beatriz Frazão) fá-la sentir a pior mãe do mundo. “É o César. Outra vez o César e sempre ele! Foi deixar dinheiro para a Mafalda, começámos a discutir. A discutir, não, foi ele disparar e eu a fugir às balas… Eu não aguento mais!”, atira Felícia dando razão a Bento que anteriormente já tinha dito que o seu “marido é uma besta!”.

“Podes dizer outra vez. O César parece louco e o pior é que eu não sei o que fiz para provocar isto! Juro que não sei!”, diz quase em lágrimas acabando por pousar a cabeça no ombro de Bento. “Eu não aguento mais isto! Já não chega ser olhada como a mulher do assediador, as pessoas a comentarem aos cochichos, a minha filha a chamar-me a pior mãe do mundo e agora o César… Eu não aguento!”, lamenta. “Fazem-me sentir como se eu não prestasse para nada! Mas eu presto. Eu sou uma boa pessoa, eu esforço-me, eu…”

Carente, fragilizada e sem filtros Felícia beija-o. Apanhado de surpresa, ele não reage e ela logo recua, morta de vergonha. “Tudo bem. Num momento ou noutro, todos precisamos de atenção.”, admite Bento a sorrir.

(artigo originalmente publicado na edição nº 1835 da TV 7 Dias);