Maria Leal vive, tal como a maioria dos portugueses, na incerteza. A pandemia obrigou ao isolamento social e trouxe importantes desafios a toda a sociedade.
Com o intuito de minimizar os efeitos na saúde mental dos utentes, fruto do confinamento, a Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa, em Oeiras, convidou Maria Leal para alegrar, com as suas músicas, e adoçar um pouco mais a Páscoa dos 29 utentes residentes desta associação. “Saí de lá com a lágrima nos olhos. Deram-me uma recordação e gostei imenso, apesar de todo o afastamento possível e obrigatório. Saí de lá de coração cheio”, disse a cantora à TV 7 Dias, após o concerto que decorreu a 31 de março.
“Este é um tipo de evento que não posso falhar“
A artista, sublinha ainda, que se tratou de uma ação bastante gratificante: “Foi ótimo dar ânimo a estas pessoas que estão há imenso tempo fechadas, sem receber visitas. Apesar de sofrer, este é um tipo de evento que não posso falhar. Gostava de lhes abraçar e de lhes dar mimo… e não puder agarrá-los custou-me imenso. Gostei tanto deles. E que saudades que eu tinha do palco e de sentir o calor. ”
Odete Nunes, coordenadora técnica do Centro Nuno Belmar da Costa, que pertence à Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa, fala sobre a importância deste tipo de eventos, sobretudo nesta altura em que o Mundo continua ainda a lutar contra a COVID-19. “Estamos há um ano confinados aproveitando o bom tempo decidimos para fazer alguma animação no espaço exterior. Os utentes ficaram super felizes e eufóricos”, teceu, sublinhado a resiliência dos seus utentes.
“No fundo isto tem sido uma lição de vida para nós porque eles lidaram com tudo isto da melhor forma. Eles adaptaram-se a todas as regras e alterações da sua própria casa. Este centro faz 39 anos a 19 de abril e há pessoas que vivem aqui há 39 anos só por isso já é um bocadinho histórico. Graças a Deus conseguimos este evento magnífico para promover o bem-estar de todos”, finaliza.