«A música não é fogo de artifício, a música é sentimento». Foi com esta frase que Salvador Sobral iniciou o seu discurso de agradecimento quando venceu a Eurovisão no ano passado, em Kiev. Este ano, em Portugal, há muito sentimento… mas o Altice Arena não escapa ao fogo… e ao artifício.
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A primeira semifinal da Eurovisão 2018 acontece esta terça-feira, 8 de maio, mas nós já assistimos ao ensaio de guarda-roupa. 19 países ultimaram os últimos detalhes para que, amanhã, nada falhe e, com sorte, consigam alcançar um lugar na final. Apenas 10 passam mas… isso só será decidido amanhã.
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A principal diferença entre Kiev 2017 e Lisboa 2018 é a ausência de painel de leds. Sem este recurso, as atuações estão mais centradas na interpretação e não tanto no espectáculo. O que favoreceu, pelo menos nesta semifinal, artistas que são intérpretes sem falhas, como Eugent Bushpepa, da Albânia, Ieva Zasimauskaitė, da Lituânia, Franka, da Croácia ou César Sampson, da Áustria.
No entanto, há atuações em que a simplicidade nem sempre resulta. É o caso de Sennek, da Bélgica. «Echoes» é uma das favoritas à vitória mas a cantora parece meio perdida no meio do palco.
Favorita com problemas técnicos
Netta Barzilai, de Israel, é a favorita à vitória praticamente desde que a sua música foi revelada. No entanto, «Toy» fica a perder com a forma como a música foi encenada. Há demasiado ruído, demasiados objetos em palco e a artista israelita acaba por não ser a estrela da atuação.
No ensaio de guarda-roupa, Israel teve problemas técnicos e a atuação teve de ser interrompida. Assim, houve mais tempo para observar que caos em palco pode ser uma coisa boa… mas não neste caso. Há bolas de sabão, gatos da sorte e um arranque muito desafinado. E, por falar em desafinanços…o que dizer dos Eye Cue da Macedónia…a assassinar ao vivo uma musica com potencial.
Gianna Terzi, da Grécia, uma veterana da música helénica, vai transportar os telespectadores para outra dimensão, com uma atuação que tem tanto de simples como de hipnotizante. Voltando a Salvador Sobral: não é totalmente verdade que a música não é fogo de artifício. A provar o contrário vem a Finlândia e Saara Alto que, com os seus «Monsters», traz o fogo, o artificio e fatiotas militares.
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Os irmãos suiços Zibbz não atuam. Dão um concerto inteiro durante os 3 minutos estipulados pela Eurovisão: há interação com o público, very lights e uma mensagem séria mesmo no final da canção.
Diz-se que se deve guardar o melhor para o fim. Eleni Foureira é a torrada do meio desta semifinal. A cipriota, que está a causar furor ao longo desta semana, não só pelas indumentárias e coreografias ousadas mas também por trazer uma actuação explosiva, é a última a subir ao palco do Altice Arena esta terça-feira.
«Fuego», a canção cipriota, é-o musicalmente e literalmente. Antes do arranque das votações, o palco vai mesmo pegar fogo.
Neste ensaio, Portugal, Espanha e Reino Unido também subiram a palco.
