Saiu pelo próprio pé: Noah recebe alta hospitalar após quatro dias de internamento

Noah, o menino de dois anos que esteve desaparecido em Proença-a-Velha, recebeu alta do Hospital de Castelo Branco. Saiu pelo próprio pé e acompanhado pela família.

21 Jun 2021 | 15:53
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Noah, o menino que esteve desaparecido mais de 36 horas, teve alta ao início da tarde desta segunda-feira, 21 de junho, do Hospital de Castelo Branco, onde estava internado desde quinta-feira. A notícia é avançada pelo Observador, que avança ainda que saiu pelo próprio pé e acompanhado pela família.

Ainda segundo a mesma fonte, durante a manhã, uma equipa multidisciplinar, que incluiu pediatras, psicólogos e assistentes sociais esteve reunida para avaliar a possibilidade da alta. A demora terá estado relacionada com valores das análises que mostravam que o menino ainda estava desidratado.

 

Noah terá andado dez quilómetros perdido no mato

 

Noah saiu de casa, em Proença-a-Velha, na madrugada de quarta-feira, 16 de junho, e foi encontrado ao final da tarde de quinta-feira, dia 17, por populares que ajudavam nas buscas. Ao ser encontrado, perguntou pela irmã. Terá andado cerca de dez quilómetros, descalço e sem roupa. Estava desidratado e com algumas escoriações. De realçar ainda que o caso continua a ser investigado pela Polícia Judiciária.

Enquanto esteve perdido, o bebé terá percorrido os trilhos formados pelos animais selvagens da zona. No dia e meio em que esteve desaparecido, Noah terá percorrido irregularmente aproximadamente 10 quilómetros, que que, em linha reta, do local onde foi encontrado à casa onde vive a distância é de quatro quilómetros. “Um adulto consegue andar um quilómetro em 10 minutos, enquanto uma criança demora 20 a 30 minutos”, diz Albino Tavares. “Damos uma margem de erro, que nos leva a alargar um pouco mais o raio inicial, para um desvio-padrão provável”, explica. Durante as buscas, o número de militares e populares envolvidos na operação foi aumentando, tal como os meios.

Participaram 140 militares de Castelo Branco, de Lisboa e do Porto e foram também usados cães de busca, motos e viaturas todo-o-terreno. Estiveram envolvidos ainda oito mergulhadores e drones, para vigilância aérea. A GNR contou ainda com a ajuda de bombeiros e de “uma centena” de populares para percorrer a área pré-definida. O primeiro raio “foi percorrido, pelo menos, cinco vezes, nas 36 horas”, garante o comandante da GNR de Castelo Branco, sempre por pessoas diferentes.

 

Cães e drones de infravermelhos para as buscas noturnas

 

“A criança podia ter-se escondido com medo do barulho ou as pessoas podiam ter sido menos cuidadosas a procurar”, justifica Albino Tavares. Ao voltar a percorrer o local, a intenção era aumentar as probabilidades de encontrar Noah. As buscas foram contínuas, de dia e de noite, “com cães e drones com câmaras de infravermelhos”. Preparando para a eventualidade de a criança não ser encontrada no segundo dia, estava previsto apoio aéreo de um helicóptero, no dia seguinte, para alargar ainda mais o raio de ação, o que não foi necessário: Noah acabou ser encontrado, assistido e conduzido ao hospital, onde permaneceu no fim de semana com a mãe e as visitas constantes do pai.

 

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