Salvador Sobral afirma: «A Eurovisão foi a minha prostituição»

Salvador Sobral foi o grande vencedor da Eurovisão em 2017. Um ano depois, o músico recorda a passagem pelo concurso e como se sente depois do transplante de coração.

13 Mar 2019 | 9:03
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Salvador Sobral viajou até à Suécia para aprender a língua sueca. Durante a estadia, o vencedor da Eurovisão 2017, foi entrevistado no programa Skavlan e recordou a passagem pelo concurso.

«A Eurovisão foi a minha prostituição», começa por dizer Salvador Sobral. Questionado sobre o motivo pelo qual chamou a música da Eurovisão de «fast food», o irmão de Luísa Sobral respondeu:

«Hoje em dia, considero que fui demasiado fundamentalista e extremista. Na minha opinião, a Eurovisão não é sobre a música mas sim o espetáculo. É um espetáculo para as pessoas aproveitarem toda a nova tecnologia», esclarece.

Salvador Sobral, que na altura lutava contra uma insuficiência cardíaca, revela qual o seu primeiro pensamento ao saber que venceu a Eurovisão. «Estava longe do palco e tinha de subir várias escadas para lá chegar. Naquela altura estava muito doente e era muito difícil subir escadas. Estava super nervoso e cansado. Só pensei: «Não. Ganhei e vou ter de subir aquelas escadas todas», revela, deixando a plateia a rir.

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O vencedor da competição internacional confessa ainda que na altura tinha mais 25 quilos em retenção de líquidos. «Tinha uma barriga de cerveja de um homem velho. Usei uma t-shirt preta, muito larga, para não se notar. Mas agora, jogo futebol 2 horas por semana e corro. Posso fazer tudo», afirma.

Durante a participação na Eurovisão, Salvador Sobral revela que «deve quase tudo à irmã». «Ela escreveu a música e substituiu-me nos ensaios durante uma semana», conta.

 

«Não escrevi. Estava deprimido»

A espera pelo transplante de coração foi das fases mais difíceis da vida de Salvador Sobral mas nada teve de poético. «Seria romântico dizer que escrevi músicas no período mais difícil da minha vida. Na realidade, só vi Netflix. Estava muito deprimido. Depois [do transplante] escrevi algumas músicas que vão estar no meu próximo álbum. A primeira música é sobre a experiência e é uma espécie de catarse. Está separada do resto das músicas»

Sobre como foi o regresso aos palcos depois de receber o transplante, o músico conta: «A primeira vez foi num bar onde toco frequentemente em Portugal. Não tinha força nas pernas porque tinha estado deitado durante muito tempo, não tinha músculos. Lembro-me de tentar cantar e a minha voz tremia imenso. Não tinha força. Fiquei tão frustrado que dei um salto e caí no palco. Pouco a pouco, fui ficando melhor».

Texto: Redação WIN – Conteúdos digitais/ Fotos: Redes Sociais 

 

 

 

 

 

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