Sara Carreira morreu com apenas 21 anos. Como ultrapassar a morte de um ídolo?

O país chora a morte de Sara Carreira, vítima de um acidente de viação na tarde deste sábado, dia 5 de dezembro. Para trás fica uma legião de fãs e mais de 300 mil seguidores nas redes.

06 Dez 2020 | 19:30
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Sara Carreira partiu este sábado, dia 5 de dezembro, e a morte chocou o país e o estrangeiro. A filha de Tony Carreira perdeu a vida após um acidente fatal, onde ia também o namorado Ivo Lucas, que sobreviveu e está hospitalizado, a receber cuidados médicos. A jovem de 21 anos faz parte de uma das famílias mais acarinhadas pelos portugueses e iniciou recentemente uma carreira no mundo da música, seguindo as pisadas do pai e dos dois irmãos mais velhos, Mickael e David Carreira.

Para além disso, era uma das maiores influencers do nosso país, com mais de 300 mil seguidores no Instagram. Diaramente partilhava o dia-a-dia nas redes e eram muitos aqueles que não perdiam uma publicação, sendo naturalmente adorada por muitos. Tinha imensos fãs, principalmente jovens, que passam agora por um momento mais difícil, ao perderem um dos seus ídolos.

O site da TV 7 Dias quis perceber como poderão os pais ajudar os filhos a ultrapassar a morte de um ídolo. A psicóloga Sofia Moura tem as respostas.

«A adolescência poderá apresentar-se como a pior fase para se perder um ídolo por se tratar de um período em que existem uma soma de ambiguidades, sendo que a adolescência por si só é caracterizada por um luto dos aspectos da infância. Uma morte vivenciada durante este percurso merece um olhar mais cuidado por parte dos pais», começa por explicar Sofia Moura. «Um ídolo pode ser uma referencia importante de identificação nesta fase de construção de uma nova identidade do adolescente, pelo que o desaparecimento e ou morte de um pode ter um forte impacto no adolescente. É importante identificar pensamentos e ajudar a dar voz aos sentimentos a eles associados, sem andar demasiado “em cima deles”dando-lhes espaço e tempo.»

E na escola? Deverão os professores abordar o assunto? «Se os educadores perceberem que a perda/morte de alguém teve forte impacto no conjunto de adolescentes que acompanham, poderão também eles proporcionar um espaço para a expressão de pensamentos e sentimentos, podendo ajudá-los a explorar o que sentem», diz.

São muitos os jovens que entram em depressão e tristeza profunda. Que sinais devem os pais ter em alerta para prevenir tal doença? «Sentimentos exagerados de culpa, tristeza, irritabilidade constante, falta de auto-estima e sentimento de inutilidade. “Eu não sirvo para nada” ou “Eu não sei fazer nada de jeito”. Podem também ocorrer falhas/dificuldades de memória. Falta de vontade de sair de casa para as suas atividades normais, como ir à escola, muitas vezes acompanhado de maus resultados escolares…»

Contactos da psicóloga Sofia Moura:
www.mindengineers.pt
914068548

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