Sem ideias para a ceia de Natal? José Avillez revela o que vai cozinhar na consoada!

José Avillez é o mais premiado chef português de sempre e, na época de Natal, não deixa os créditos por mãos alheias.

23 Dez 2019 | 8:40
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«Sou eu que cozinho na consoada.» A garantia é de José Avillez, chef que já conta com duas estrelas Michelin no currículo, que conta o que vai preparar para a mesa de Natal.

«Vou fazer umas perdizes de escabeche, um bacalhau com as couves da minha horta, um arroz escuro com lombinhos de vitela. Não vou ter peru este ano. Os doces vão ser preparados pela minha irmã», revela Avillez.

O chef de 39 anos é casado com Sofia Ulrich, de quem tem dois filhos, João Francisco, de nove anos, e Martinho, de oito. O Natal é, no entanto, passado com a família alargada. «Depois de os meus avós terem morrido, a família começou a diluir-se um bocadinho mais. Mas, no ano passado, éramos 76 pessoas. Este ano, vamos fazer um almoço no dia 23. Na consoada, somos só 11», conta.

 

Começou a cozinhar por culpa da mãe!

 

«Eu comecei a cozinhar porque a minha mãe não era muito boa na cozinha», conta, entre risos, José Avillez. «Os meus filhos são muito pequenos e, confesso, não têm aquele gosto de ir para a cozinha. Eu, daquela idade já tinha, eles não têm. Eu tenho não insistir. Por enquanto querem ser jogadores de futebol e maquinista de comboios. A minha mulher cozinha mas não é uma paixão por isso sou eu que cozinho ao domingo», explica.

O chef chegou este ano aos 40 e já recebeu duas estrelas Michelin, a distinção máxima do setor da restauração. José Avillez pode, nos seus restaurantes, preparar refeições requintadas mas, em casa, impera a comidinha caseira… e biológica. «Tenho uma horta já com alguma dimensão, umas galinhas. Entre os ovos das galinhas, a horta e, muito de vez em quando, uma galinha para o tacho sem os meus filhos saberem… também faço uma cabidelazinha (risos). O truque é trocar as galinhas todas, assim ninguém dá por ela», explica, entre risos.

 

Texto: Raquel Costa; Fotografias: Paula Alveno e Arquivo Impala

 

(artigo originalmente publicado em dezembro de 2018)

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