As emoções estão ao rubro na novela “Por Ti“. Miguel (Fernando Luís) e Isabel (Alexandra Lencastre) entram da sala a discutir. “Eu não te tirei filho nenhum!”, diz a beata. Zangado, o marido responde: “Pois não. Não podes tirar o que nunca me deste.” No entanto, ela afiança: “O Simão vai ser sempre teu filho. Foi no teu ombro que ele dormiu quando chegou da maternidade, foi pela tua mão que ele foi para a escola a primeira vez, foste tu que lhe ensinaste o Pai Nosso… eu não te tirei, eu dei-te um filho por amor.” Mais furioso, ele questiona se ela quer que ele lhe agradeça tê-la traído com Zé (Jorge Corrula).
Isabel aproxima-se dele e pede: “Quero que me perdoes porque todos erramos na vida. Incluindo tu. ‘Se o teu irmão pecar, repreende-o; se se arrepender, perdoa-lhe. Se pecar sete vezes no dia contra ti e sete vezes no dia vier procurar-te, dizendo: Estou arrependido, perdoar-lhe-ás…’ Está na Bíblia.”
Ainda em “Por Ti”
Miguel está muito desapontado e diz-lhe: “Mas eu não sou Deus! Eu sou humano e olho para a nossa vida daqui para a frente e penso: ‘e quando beberes mais do que devias outra vez? E quando saíres, nem que seja para ir ao pão?’ O que é que achas que eu vou pensar?” Contudo, ela frisa: “O mesmo que eu pensei depois de saber das tuas mentiras: não há limites quando amamos uma pessoa. Se tu podes estar a morrer para me reconquistar, eu posso dar-te um filho para não te perder.”
Nesse momento, o padre Orlando (Bruno Cabrerizo) entra na sala. “O Miguel já sabe do Simão”, revela a beata. O padre olha para ambos e volta a sair.
“Tenho vontade de me bater a mim próprio, por ter sido tão burro. Que provação é esta, Senhor? Acabaste com o meu casamento, a minha família, a minha vida de cristão? Como é que um divorciado frequenta a igreja e comunga?”, diz o beato, olhando para cima.
Em choque, Isabel questiona: “Vamos divorciar-nos?!”
A chorar, o marido assume: “Qual é a opção? Como é que eu volto a confiar em ti depois disto? Diz-me… diz-me, que eu não sei. Vou arrumar as minhas coisas.” Ela pede-lhe que espere e frisa: “Espera, vou eu. Fui eu que errei, eu é que tenho de sair.” Miguel não argumenta e sai.
