A SIC vai apresentar várias novidades neste verão, mas Daniel Oliveira tem consciência de que julho e agosto vão ser meses particularmente difíceis para as generalistas. Ainda assim, já está a sair uma nova fornada de programas e o diretor-geral de Entretenimento do canal de Paço de Arcos é taxativo: “Não vamos tirar o pé do acelerador.”
Assim, após o fim de “Ídolos” e de “Casados à Primeira Vista”, chega já no próximo domingo, dia 17 de julho, “Cantor ou Impostor”, apresentado por Cláudia Vieira e tem ainda regresso marcado para as noites de sábado, mais uma temporada de “Patrões Fora” e “Terra Nossa”, com César Mourão, que se encontra a gravar mais uma série de programas. “Quem Quer Namorar Com o Agricultor?” também já se encontra numa nova fase de gravações, tal como “All You Need Is Love”, que Fátima Lopes volta a apresentar 20 anos depois.
Este investimento da SIC surge numa altura em que na ficção se vivem momentos difíceis para a estação, que não tem conseguido destronar a ficção da TVI, sobretudo “Festa é Festa”, onde nem a novela “Por Ti” nem, mais recentemente, o crossover “Lua de Mel”, conseguiram chegar ao primeiro lugar dos projetos de ficção mais vistos. Com estes dois projetos a entrar em fase descendente, Daniel Oliveira anuncia que a aposta na ficção segue para breve com a novela “Segredos” – nome provisório, protagonizada por Sara Matos e João Catarré, que voltam a contracenar oito anos depois de “Doida Por Ti”, na TVI. “Isto é um rolo que não para. Nós começaremos a gravar uma novela agora e outra na ponta final do ano. Ao mesmo tempo estamos a produzir séries para a Opto, umas estão em fase de edição, outras em fase de pré-produção”, disse o diretor geral de Entretenimento da SIC à margem dos Emmy Awards, que teve lugar no Castelo de São Jorge em Lisboa, no passado dia 1 de julho.
SIC lidera há 41 meses consecutivos
Apesar de os números da ficção não serem os que o canal pretende, a SIC voltou a vencer o mês e, com a vitória conseguida em junho, consegue um acumulado de 41 meses seguidos na liderança, que, para o diretor, é “mais um marco”. “Acho que conseguimos em junho dar sequência àquilo que temos feito, é esse o nosso propósito e é isso que queremos estar: cada vez com mais espectadores”, refere, consciente que neste período que se aproxima haverá quebra acentuada de pessoas em frente a televisão.
“Este verão em particular, os canais generalista vão todos cair um pouco mais, porque as pessoas têm uma sede de sair de casa. Cada vez mais há uma fragmentação de público, que faz com que saiam para outras plataformas e portanto o desafio que se coloca é esse, de continuar a ser relevante e a tocar todos os públicos, seja no nosso caso, na generalista, nos temáticos ou depois nas plataformas”, prossegue.
