Sinceridade acima de tudo: Cristina Ferreira abre o jogo sobre guerra de audiências

Cristina Ferreira não acaba 2021 a ganhar e diz que este foi um ano de aprendizagem e que a concorrência tem a sorte do seu lado: “Aquilo que aconteceu na SIC acontece uma vez na vida.”

25 Dez 2021 | 21:03
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Cristina Ferreira completou, no passado dia 1 de setembro, um ano desde que assumiu o lugar de Diretora de Entretenimento e Ficção da TVI, dois anos depois de se ter transferido para a SIC. Agora, a apresentadora diz que este foi um ano de aprendizagem num cargo novo e que vestiu esse “fato” com “muito gosto e com muita convicção”.

“O fato de diretora entrou muito bem desde o início. Como um vestido de renda, tem umas pregazinhas e não é por isso que deixa de ser perfeito. Às vezes, as pregazinhas até escondem algumas coisas”, ironiza, sem se esquecer que o caminho foi semelhante ao que percorreu quando começou como apresentadora.

“Não era a Cristina que sou hoje e, portanto, há sempre aqui espaço para esse crescimento. Digo sem qualquer tipo de problema que sou hoje uma muito melhor diretora do que fui quando cheguei, no primeiro dia de TVI, sem qualquer experiência no cargo e a não dominar muitos dos assuntos que hoje em dia não me passam ao lado”, afiança.

Neste rol de comparações, também entra a SIC. “Quando faço a minha mudança para a SIC, também foi um ano muito intenso, de descoberta pura, sem saber o que ia acontecer, e foi ele também igualmente estimulante. Aqui, por juntar as duas coisas, a apresentação e a direção, por estar ainda mais sobre o escrutínio público, porque não depende só já daquilo que faço enquanto apresentadora, mas também das decisões que possa tomar enquanto diretora, mas isso faz parte de qualquer cargo. E, tendo eu a visibilidade que tenho de há muitos anos a esta parte, é normal que se intensifique e que a própria Imprensa goste de perceber e de escrever sobre isso”, conta.

O seu caminho e o dos destinos da TVI desde que chegou misturam-se e, mesmo não cantando vitória, defende que está no caminho certo. “Volto a lembrar que estávamos a sete pontos do concorrente e aquilo que nós crescemos não é ainda de todo a estabilidade que nós pretendíamos, mas continuamos a trabalhar. Não é a liderança que nos apoquenta. Se me pergunta se quero ganhar? Quero, óbvio”, prossegue, em conversa com vários jornalistas, à margem de um encontro de escritores da editora Contraponto.

O ano de 2021 acaba sem a TVI na liderança e a diretora não avança que vai chegar lá já para o ano. A rir, responde à provocação da pergunta que lhe é colocada sobre se tem uma estratégia para o próximo ano.

“Se nós não tivéssemos uma, não estaria aqui. Não sei se 2022 vai ser um ano de viragem. Vai ser um ano de consolidação daquilo que nós estamos a fazer. Se, com isso, conseguimos chegar à liderança, tudo perfeito. Se não, nós sabemos o trabalho que estamos a fazer e não é apenas com o objetivo da liderança, é também de estruturação e de cada vez mais reforço daquilo que é a nossa antena, que é uma estação de televisão”, assume, consciente de que a SIC, apesar de estar mais perto do que há um ano, também investe forte na sua grelha.

“Foi um ano dentro do que estava à espera. Sabemos que, do outro lado, os outros também estão a fazer e a tentar. É muito difícil inverter a tendência de perda para uma ganhadora. Aquilo que aconteceu na SIC acontece uma vez na vida. Estou ciente do meu caminho”, diz.

 

Texto: Luís Correia (luis.correia@impala.pt); Foto: Arquivo Impala e reprodução redes sociais

 

(adaptação de artigo originalmente publicado na edição nº 1814 da TV 7 Dias)

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