“Sofrimento atroz”: Felipa Garnel ficou “magoadíssima” com TVI após era “muito difícil”

Felipa Garnel e Nuno Lobo Antunes foram entrevistados por Manuel Luís Goucha. Durante a conversa, a antiga apresentadora recordou a fase em que assumiu o cargo de Diretora de Programas da TVI.

19 Jun 2021 | 10:30
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Felipa Garnel e Nuno Lobo Antunes abriram o coração a Manuel Luís Goucha para falarem sobre a sua vida enquanto casal. A conversa foi transmitida na emissão desta quinta-feira, 17 de junho, de “Goucha” e nela a antiga apresentadora abordou a sua passagem atribulada pela TVI.

Foi em agosto de 2019 que Felipa Garnel sucedeu a Bruno Santos na Direção de Programas da estação de Queluz de Baixo, tendo sido substituída, seis meses depois, por Nuno Santos, o atual Diretor-Geral do canal. A passagem da comunicadora pela Direção de Programas da TVI foi fugaz e muito comentada. Por essa razão, foi tema de conversa na entrevista que concedeu a Goucha.

“Entendeste como fracasso a tua passagem pela TVI como diretora? Entendes como uma maldade que te fizeram?”, questionou o apresentador. “Não. Nem entendi como maldade. Foi muito difícil. Eu entrei numa altura em que toda a gente sabia que a TVI estaria à venda, mas ninguém sabia que seria ‘amanhã’. Nem eu. Fiquei alguns meses autenticamente a fritar, porque os espanhóis queriam uma coisa e o suposto novo proprietário, que era a Cofina, queria outra. E ninguém mandava. Uns queriam dinheiro, outros audiências…”, começou por confessar Felipa Garnel.

“Hoje em dia, estou completamente resolvida com isso. Senti que fui vítima das circunstâncias que eram muito complicadas. Fiz o que pude. Estou perfeitamente convencida de que teria sido um tempo difícil para qualquer pessoa. Não tinha um tostão para fazer nada”, acrescentou.

 

Felipa Garnel: “Foram meses de sofrimento atroz e isso nunca vale a pena”

 

Apesar de não guardar rancor, Felipa Garnel assumiu que ficou “magoadíssima” com a TVI pela forma como foi rapidamente substituída, sem ter tido a oportunidade de concretizar os projetos que tinha em mente por falta de dinheiro.

“Saí magoadíssima, porque foi tudo mal feito. Os primeiros dias foram complicados, mas o Nuno [Lobo Antunes] é fantástico. Tem sempre uma visão fora deste meio muito importante e ele viu o filme muito antes de ele acontecer e percebeu a dificuldade em que estava. A sensação que tenho é que estive seis meses naqueles labirintos em que nunca encontras a saída porque realmente não há saída”, disse.

Nuno Lobo Antunes, que também participou na entrevista, fez questão de dar a sua opinião sobre a passagem da mulher, de quem muito se orgulha, pela estação de Queluz de Baixo. “Orgulho-me muito da Felipa (…). Tenho pena de várias coisas. Por um lado, que o reconhecimento do trabalho que ela conseguiu fazer durante aquele período não tenha surgido de uma forma mais clara. Tenho pena que não tivesse tido a oportunidade de concretizar alguns projetos que tenho a certeza de que seriam bem-sucedidos”, afirmou.

“Valeu a pena como experiência profissional?”, perguntou Manuel Luís Goucha. “Não sei se houve tempo para valer a pena. Algumas coisas sim, aprendi algumas coisas. Estava com pessoas de quem gostava e isso vale sempre a pena. Depois, foram meses de sofrimento atroz e isso nunca vale a pena”, findou Felipa Garnel.

 

Texto: Mafalda Mourão; Fotos: Arquivo Impala e reprodução redes sociais
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