Entrou a matar no programa com a sua descontração e boa disposição, o que a atirou para o primeiro lugar na lista de popularidade do BB Zoom. No entanto, Sónia já não tem a mesma fama junto da polícia, no Cais de Gaia, onde vende. Isto porque a jovem, de 27 anos, não tem licença para vender e tem de fugir às autoridades cada vez que estas aparecem.
Em declarações exclusivas à TV 7 Dias, Esperança Silva, a mãe da concorrente, garante que tem muito orgulho na atividade profissional da filha, que é a mesma que a sua. «Só tenho pena de sermos vendedoras ambulantes e termos de andar sempre a fugir à polícia. É só essa pena e tristeza que eu tenho. Nós tínhamos de ter uma licença da Câmara e aquilo ali é uma zona turística. Então ali só se podem vender coisas para o turista e eles só dão a licença a quem tem cartão de artesanato. Ora eu, com 56 anos, não sei fazer artesanato. A minha filha também não sabe fazer artesanato. E depois não é só isso. Há coisas que eles não deixam vender porque dizem que não é artesanato, mas quem tem lugar vende precisamente as mesmas coisas que nós vendemos», critica.
Esperança acrescenta ainda que quem exerce esta atividade naquela zona de Gaia já pediu, por várias vezes, «à câmara para dar uma licença ou pagamos alguma coisa para não andarmos sempre a fugir à polícia. Não é pelos polícias, porque eles às vezes facilitam. Se eles nos dessem licença, nós pagávamos. Só que não dão e nós não vamos ficar em casa à espera que o pão caia.»
Embora tente sempre fugir, Sónia já foi apanhada, mas Vitor Soares, o companheiro, explica que foi enganada pela polícia e fundamenta: «Eles pediram a identificação e disseram que era só para ver se estava tudo limpinho. Passado uns tempos ela recebe uma multa de €1200. Foi enganada, lá está.»
«Este é um trabalho sazonal», explica a mãe, que tece fortes elogios à filha pela forma como faz a gestão do dinheiro para se sustentar no inverno. «A vida do feirante é assim menina, é muito complicada. Quase sempre, a Sónia, de inverno, não vai porque ela é uma menina muito poupada, que sabe gerir bem o dinheiro, e não é gastadeira. Então tenta amealhar de verão para de inverno poder estar em casa a ajudar a filha na escola», garante.
Abandonou sonho para ajudar os pais
A trabalhar desde os 18 anos como feirante, primeiro, e vendedora ambulante mais recentemente, Sónia viu-se obrigada a abandonar um sonho profissional, o de ser juíza, para ajudar os pais. «Quando eu andava nas feiras, ela começou a ver que realmente havia dias em que não se vendia e eu comentava com a Sónia, que é o meu braço direito. Então, de novinha, sempre me tentou ajudar em casa. Eu ia para as feiras e ela fazia-me a vida de casa, orientava-me o comer. Quando chegava ela já tinha tudo orientado, sempre foi uma menina muito desenrascada. Até que chegou uma altura em que ela disse que tinha de começar a trabalhar e ir comigo para as feiras porque não me queria ver a mim e ao pai sozinhos a trabalhar», explica Esperança, orgulhosa.
Com o sonho de continuar os estudos cancelados, Sónia trabalha agora para conseguir proporcionar às filhas o que nunca pode ter. Isto porque, explica a sua progenitora, «a filha diz a mesma coisa que a mãe, que quando for grande quer ser juíza. E ela diz que há-de fazer tudo por tudo para que possa ver a filha realizar o sonho que ela não conseguiu realizar.»
Filhas em lágrimas
Sónia e Vítor têm uma relação há nove anos, que já resultou em duas filhas: Maiara, de oito anos e Naisa, de cinco. Sempre habituadas a ter a mãe por perto, as duas crianças têm sofrido com esta ausência.
Quem nos revela isto é Vítor, que explica que «elas, até verem a mãe na televisão, choravam, como é normal. Nós estamos habituados a ter a Sónia connosco. Para elas foi também um choque não ter a mãe. Mas também sabem que é por uma boa causa, que está a fazer isto também por elas, especialmente. Depois veem a mãe na televisão já é diferente. Mas ainda no outro dia, a mais velha saiu do banho e vinha com os olhos vermelhos. Tinha estado a chorar. Ainda tentei puxar por ela, mas ela não se abriu. A nossa filha mais velha é muito sensível», desabafa, com alguma tristeza.
Esta ida para o BB Zoom serve para Sónia ir viver uma aventura, mas a sua decisão não foi totalmente do agrado do companheiro. «Confortável não fiquei, mas habituei-me. Era o que ela queria. Ela sempre teve o meu apoio em tudo e quero que ela esteja bem, que se divirta muito porque vai ter muito sucesso», conclui.
Campeã de popularidade
O diálogo entre Cláudio Ramos e Sónia foi um dos pontos altos da gala de estreia do BB Zoom, a 26 de abril. O à vontade da vendedora, aliado à pronúncia do Norte e à linguagem popular, arrancaram fortes gargalhadas por parte de quem viu. Por este motivo, Sónia é, atualmente, a concorrente com mais popularidade na aplicação do programa, seguida de Rui Alves, o pastor.
Textos: Carla Ventura (carla.ventura@impala.pt); Fotos: Divulgação TVI e Reprodução Facebook
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