“Sou uma privilegiada”: Débora Monteiro é um dos rostos da nova novela da SIC

Na apresentação de “Flor sem Tempo”, o novo projeto da SIC, Débora Monteiro não escondeu a satisfação por integrar o elenco e falou ainda das filhas, do casamento e lamentou a morte de Claudisabel.

14 Jan 2023 | 14:50
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“Desafiante”. É assim que Débora Monteiro começa por descrever a nova aposta da ficção da SIC, “Flor sem Tempo“, onde dará vida a Diana Sousa, uma inspetora da Judiciária. “A minha personagem é uma inspetora da Judiciária que gosta muito de seguir as regras, é muito determinada, muito focada na profissão dela, quer ser a melhor, mas vai haver ali uma certa altura que vai quebrar a moral dela e vai ficar ferida nesse sentido, mas vai ter de aceitar e tentar dar a volta”, explica, visivelmente empolgada, à TV 7 Dias.

A atriz revelou ainda como tem preparado a sua personagem. “Tenho amigos que trabalham na polícia e portanto vou tirando informações com eles, marco um almoço e pergunto, ou se tenho alguma cena que não sei bem como é que hei de agir pergunto e depois tenho aqui o apoio sempre da direção de atores.”

Débora Monteiro tem sido uma aposta constante da SIC e confessa que não podia estar mais agradecida com as oportunidades que lhe têm sido dadas. “Significa que valorizam o meu trabalho. É muito bom acreditarem em mim, darem-me a oportunidade de fazer projetos diferentes, personagens diferentes, é bom sentir-me valorizada. Sou uma privilegiada”, ressalva.

No entanto, apesar de considerar ser uma mulher com os pés bem assentes na terra, não esquece algumas das dificuldades da profissão. “Tenho noção do que é ser atriz e não trabalhar e ficar em casa à espera de uma oportunidade. Eu já passei por isso. A primeira vez que fiz um projeto, depois estive dois anos sem trabalhar e sei o que é isso. Não é fácil mas infelizmente a vida dos artistas é um bocado assim. Há alturas em que temos trabalho e há outras em que não temos e felizmente eu tenho tido a sorte de receber bastantes oportunidades”.

Com as filhas gémeas de dois anos e meio, a gravar a nova novela da SIC e com o projeto do “Domingão” ao fim de semana, a atriz garante que tem conseguido conciliar tudo da melhor maneira possível. “Na verdade eu comecei a fazer o Domingão elas tinham um mês e passados três meses estava eu a fazer Amor Amor. Tenho conseguido conciliar tudo. Neste momento elas estão numa fase em que exigem mais atenção, precisam de ser estimuladas, estão numa fase completamente diferente. Antes elas não se mexiam, ficavam deitadinhas”, afirma, entre risos, acrescentando: “Agora precisam de gastar energia e estão mais atentas, estão sempre a perguntar se eu vou fazer o Domingão ou se vou fazer a novela”. Relativamente à relação das filhas, a pequena Alba e Júlia, Débora garante que “tanto se dão muito bem como de repente andam à chapada e a puxar os cabelos, é como os irmãos, igual”.

Depois de ter tido um pedido de casamento digno de filme, a atriz garante que ainda não tem nada planeado. “Às vezes eu penso, se eu casasse agora com duas bebés de dois anos e meio, elas iam-me destruir o casamento”, afirma, em tom de brincadeira. “Elas querem colo, querem a mamã e o papá, principalmente quando tem muita gente. Eu já disse ao Miguel [Mouzinho], quando eu casar quero curtir o casamento e sei que por ele casávamos já. Mas eu quero curtir o meu casamento ao máximo, não quero estar ali com o vestido e com bebés com colo. Fica giro na fotografia mas depois o que interessa não é só a fotografia, é tudo o resto”, confessa. Em exclusivo à TV 7 Dias, Débora confessa ainda que gostava de batizar as duas filhas. “Eu quero batizá-las, por acaso ainda não falei sobre isso com o Miguel, porque ele não é católico e eu sou. Mas eu acho que ele não é contra. Normalmente respeita sempre aquilo em que eu acredito”. Sem uma data definida, a atriz atira, entre risos: “se calhar no meu casamento, era dois um”.

 

Chora a morte de Claudisabel

Durante a apresentação de “Flor sem Tempo”, a atriz recordou ainda a morte trágica de Claudisabel, que perdeu recentemente a vida num acidente de viação, no regresso a casa, depois de ter marcado presença no “Domingão”. “Eu nesse dia estava a trabalhar mas ela fez o Domingão no palco móvel portanto eu não estive com ela nesse dia mas lamento muito porque ela era realmente uma pessoa muito querida, muito simpática, sentia-se mesmo que era uma profissional muito correta. Lamento muito que isto tenha acontecido”, afirma.

 

Texto: Sofia Pinto (sofia.pinto@worldimpalanet.com); Fotos: Tito Calado e Redes Sociais
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