Nuno Batista, que ficou conhecido como Zé do Pipo, desapareceu a 6 de novembro. Sabe-se agora que, oito horas após o alerta, o telemóvel do músico deu sinal. Nesse dia, Zé do Pipo saiu de casa pelas 14 horas, dizendo à mulher que «ia ao banco e à farmácia comprar mais medicamentos».
E realmente foi. Passou pelo banco, onde já foram confirmados registos, fez pagamentos na farmácia, também já verificados pela mulher, e, a seguir, nunca mais ninguém soube do seu paradeiro. Duas horas depois, a mulher ligou-lhe, mas o aparelho já estava desligado. A família começa a procurá-lo primeiro em Óbidos, onde vivia, depois em Peniche, na zona dos pais.
O pai, Carlos Batista, tal como recorda ao Correio da Manhã, decide ir nessa noite à praia do Porto da Areia Sul, em Peniche. «Eram 20 para as nove da noite e não estava lá o carro».
Madrugada dentro, continua em busca do filho. «Era meia-noite e dois minutos quando o telemóvel ativa. Ficámos todos com uma esperança, porque alguém teve de o ativar», recorda Carlos à publicação. Foram enviadas várias mensagens e feitas numerosas chamadas, mas, além do sinal de ligado, nada. É só ao amanhecer que é encontrado o carro.
Segundo contou o agente à Nova Gente, Nuno Batista lutava contra uma depressão. «Ele estava doente, com uma depressão muito grande. Andávamos a ver se a coisa aguentava», explica Luís Martins.