“Temos de andar na rua”: Albano Jerónimo revela onde procura inspiração a para personagem

Depois de te integrado o elenco de vários projetos de sucesso internacional, o ator regressou às novelas da SIC na pele de um dos protagonistas e assume que já tinha saudades. Saiba tudo!

18 Fev 2023 | 22:30
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De volta a Portugal, depois de vários projetos internacionais, Albano Jerónimo mostra-se muito feliz por estar de volta. “Estive na Netflix, HBO, Prime Video, muitos projetos e vêm mais coisas lá fora. Há cinco anos que não fazia televisão e nomeadamente novela, então na SIC dá-me sempre vontade e tempo para pensar duas vezes. Não querendo ser comum voltar a fazer novela aqui faz-me sentir em casa”, conta.

E ao fim de tantos anos a gravar sempre em inglês, será que é estranho voltar a gravar em português? O ator assegura que não. “Está-me a saber muito bem, digo que é até mesmo uma experiência quase renovada, ao fim de tanto tempo, estar aqui outra vez, fazer este formato, que é muito exigente, tenho uma alegria enorme. De certa forma tinha saudades. É um ritmo muito exigente, mas com um elenco absolutamente incrível, arrisco-me a dizer que nunca estive numa novela com um elenco tão sólido. Portanto é um prazer também.”

Na trama dá vida a Jorge Valente, um homem com problemas alcoólicos e uma vida familiar atribulada. “Este Jorge é um bombom, a escrita da Inês e de toda a equipa dela, fazer na SP, é um reencontro com velhos amigos e recolher este património todo de experiências que tenho adquirido ao longo destes cinco anos com energia e alegria e aplicá-los aqui, todos os dias vou contente trabalhar. A grande lição que trago de lá de fora é nunca tomar nada como garantido. Isto tanto lá fora como cá”, revela, explicando que tentou ao máximo não tirar a credibilidade à personagem.

“Um dos pontos era não boicotar ou não branquear uma família que vive permanentemente com escassez e essa é a nossa realidade em Portugal. Não só em Portugal, mas pronto, este é um produto português de ficção e quisemos ser justos e responder a isso de uma forma muito sólida e não branquear ou boicotar nada. Dentro dessa lógica baseei-me no dia a dia de tantas pessoas. Basta andarmos de transportes públicos e percebemos a realidade, é uma coisa que eu faço. Aqui o Jorge tem algo mais, a perspetiva do alcoolismo, que trabalhámos de uma outra perspetiva, vão poder ver, mas no fundo é basear-me naquilo que é o nosso dia a dia”, conta.

“Para falarmos de pessoas temos que conhecer pessoas e para isso acontecer temos que andar na rua, temos que estar atentos ao que nos rodeia. Baseei-me nisso, no meu dia a dia, naquilo que conheço, no que vou vivendo e lendo ao longo do dia e na minha vida”, adiantou o ator.

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Texto: Neuza Silva (neuza.silva@impala.pt) com Luís Correia (luis.correia@impala.pt); Fotos: Redes Sociais
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