Florbela Queiroz de luto! Tia morreu de ataque cardíaco após testes à COVID-19

Uma dor no braço levou Manuela Madureira ao hospital, onde realizou um teste de despiste à COVID-19. Poucos dias depois, a dor voltou, mais intensa, e o procedimento repetiu-se. Morreu aos 99 anos.

05 Mai 2020 | 21:40
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«Não estou bem.» A voz combalida com que Florbela Queiroz, de 77 anos, atende o telefonema da TV 7 Dias denota bem os dias de grande tristeza pelos quais está a passar. A tia, Manuela Madureira, de quem era muito próxima, morreu no passado domingo, a escassos meses de completar cem anos. Residente na Casa do Artista há três anos, a antiga cabeleireira foi vítima de um «ataque cardíaco fulminante», especifica a sobrinha.

«Tinha falado com ela há duas semanas, por telefone. Ela teve de ir ao hospital, porque teve uma dor no braço no quarto que partilhava com a [Maria] José Valério – elas eram muito amigas. A Casa do Artista chamou o 112 e ela foi ao hospital. Lá, fizeram-lhe o teste à COVID-19 mas ela não tinha nada. Estava impecável e voltou para a Casa do Artista», começa por explicar Florbela Queiroz à nossa revista.

De regresso à instituição, da qual era sócia desde a sua fundação, Manuela Madureira ficou isolada num quarto. «Eles lá são muito cuidadosos e puseram-na sozinha, mas ninguém a segurava, porque ela era uma pessoa muito ativa e era preciso andarem atrás dela para a conseguirem meter no quarto», recorda.

Findo esse período, a tia voltou a dormir na mesma divisão do que Maria José Valério. E o pior aconteceu. «Na sexta-feira, deu-lhe outra vez uma dor. Mas, desta vez, foi mais forte. Foi para o [Hospital de] Santa Maria e lá fizeram-lhe outra vez um teste à COVID-19. Deu sempre negativo. Teve um ataque cardíaco fulminante e foi aí que ela partiu. No domingo, Dia da Mãe», frisa a consagrada atriz.

 

Florbela Queiroz no hospital por «dor violenta»

 

Manuela Madureira «vai ser cremada por desejo próprio», às dez horas desta quarta-feira. Mas Florbela Queiroz não vai estar presente no último adeus à tia. Nele só vão estar presentes o irmão da atriz, o ator Carlos Queiroz, a mulher deste e um amigo. «Ela não tinha filhos. Os filhos éramos eu e o meu irmão. Aliás, é ele que está a tratar de tudo, porque eu tive de ir ao hospital por causa de uma dor muito grande que tive nas costas. Como entrei num hospital, estou de quarentena», revela.

Já «melhor», a atriz explica-nos o que aconteceu: «Disseram-me que eu tinha de fazer uma radiografia às costas. Provavelmente terei alguma coisa, não sei… Nada de grave. Eles disseram-me: ‘Isso é normal. Com a vossa idade, essas coisas acontecem…’ Mas foi uma dor tão violenta…»

Isolada em casa, Florbela Queiroz garante não ter pena de não poder despedir-se da tia. «Eu não vou a velórios nem a funerais, seja de quem for, porque para mim o corpo é uma coisa que não presta para nada. O espírito e as energias ficam cá», defende, em jeito de remate.

 

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Texto: Dúlio Silva; Fotografias: Arquivo Impala e reprodução redes sociais

 

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