As autoridades foram chamadas a um avião da Ryanair, num voo de Faro para o Porto, esta sexta-feira, dia 2 de agosto, para expulsar o novo treinador do Sporting de Braga, Ricardo Sá Pinto. O técnico e antigo internacional da seleção nacional «desrespeitou vários avisos dos assistentes de bordo» depois de, alegadamente, ter «ignorado vários avisos para desligar o telemóvel» e para que «encolhesse as pernas», adiantou uma fonte à Lusa.
Depois de ter ido visitar a mulher ao Algarve, Sá Pinto tentava regressar ao Porto num voo da Ryanair. «Sentado no lugar 1C» para «poder esticar as pernas», o treinador do Sporting de Braga terá recusado cumprir a ordem para que sentasse «direito». Já antes se tinha recusado a «desligar o telemóvel» ou, pelo menos, que o colocasse «em modo voo».
Perante a reiterada «falta de respeito na forma como se dirigia à hospedeira de bordo», um outro comissário tentou acalmar o treinador. Pediu-lhe que não falasse de forma «ríspida» e que «baixasse o tom de voz», mas Sá Pinto «manteve a postura». Foi então chamada a Polícia, que «obrigou» o técnico bracarense «a levantar-se e a sair do avião». Mesmo na presença dos agentes, «manteve a forma mal-educada», desta vez dirigindo-se também aos outros passageiros, que se manifestavam contra o atraso no voo provocado por toda a situação.
A resposta do treinador aos protestos dos passageiros:
Sá Pinto a ser levado pelas autoridades:
Treinador vai avançar com processo
Num comunicado enviado às redações, escrito em nome de Sá Pinto e do Sporting de Braga, o treinador revela que vai interpor uma ação judicial contra a companhia aérea em causa e expõe a sua versão dos factos do incidente ocorrido no no avião da Ryanair que fazia a ligação entre Faro e Porto na noite desta sexta-feira.
«Desde a sua entrada no avião que o chefe de cabine teve para consigo uma postura arrogante e mal-educada. Não obstante este comportamento condenável, e tendo-lhe sido solicitado por este chefe de cabine que desligasse o telemóvel e os auriculares, acatou de imediato as instruções e desligou ambos os aparelhos», pode ler-se.
Segundo Sá Pinto, «aquando da reserva do bilhete», o técnico «procedeu à marcação do seu lugar na primeira fila do avião e pago o respectivo valor por lugar especial». «Tal reserva de lugar acontece pela impossibilidade de manter o joelho dobrado durante o tempo de voo decorrente das graves lesões sofridas nos joelhos enquanto jogador de futebol», justifica.
E continua: «Tendo a perna esticada por força da sua limitação física foi-lhe ordenado pela assistente de bordo que dobrasse as suas pernas tendo sido por ele explicado a impossibilidade de o fazer, razão pela qual adquiriu aquele lugar. Perante esta posição devidamente explicada, a tripulação recusou-se a iniciar o voo, o que obrigou ao desembarque do passageiro Ricardo Sá Pinto.»
O técnico e o clube consideram «absolutamente condenável a postura do funcionário desta companhia de aviação low cost» e, em jeito de remate, anunciam que «Ricardo Sá Pinto irá proceder judicialmente contra esta empresa e contra o aludido chefe de cabine pela atuação tida contra a sua pessoa.»
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