Trigémeos separados à nascença encontram-se e…

O que que começou por ser uma incrível coincidência acabou por se tornar numa história deliberadamente arquitectada.

01 Fev 2018 | 16:04
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Tudo começou como uma mera feliz coincidência. Robert Shafran, um jovem norte-americano ficou surpreendido quando, no primeiro dia de faculdade, várias alunos o cumprimentaram como se o conhecessem e… o chamaram de Eddy.

Quando o jovem chegou ao quarto na residência universitária, o colega, Michael Domitz, disse-lhe que antes, naquele mesmo quarto, tinha vivido Eddy Galland, um rapaz que se parecia exactamente com ele.

«Ele tinha o mesmo sorriso, o mesmo cabelo, as mesmas expressões. O Eddy era um duplo de Robert», explicou o colega de cargo, no documentário lançado sobre este caso intitulado «Three Identical Strangers» («Três Estranhos Idênticos»)

Rapidamente, Robert descobriu que o seu sócia era na verdade o seu irmão gémeo. Ambos os rapazes tinham sido adoptados e ambos nasceram no dia 12 de julho de 1961, em Long Island.

Mas foi quando a história foi notícia num jornal local que os contornos do caso começaram a ficar bizarros.

Após o referido artigo, um rapaz contactou os dois irmãos e descobriu-se que afinal havia um terceiro gémeo, chamado David Kellman.

«Foi surreal. Quando nos encontramos (os trigémeos) senti uma felicidade que nunca tinha sentido na minha vida e que prolongo-se durante muito tempo», revelou Robert no documentário.

De acordo com registos hospitalares, na realidade os trigémeos eram quadrigémeos, tendo um dos irmãos morrido à nascença.

De uma descoberta incrível a uma experiência social

Mas a história não ficou por aqui. De seguida, os três irmãos descobriram algo ainda mais macabro, nomeadamente que tinham sido separados à nascença de propósito. E porquê? Para fazerem parte de uma experiência cientifica conduzida por um psiquiatra nova-iorquino chamado Peter Neubauer.

Os trigémios não foram escolhidos ao acaso. Ambas as famílias, por quem foram adoptados, tinham uma filha, também adoptada, com cerca de dois anos. Os rapazes foram cuidadosamente monitorizados durante as suas vidas. Apesar de os pais não saberem da existência dos outros gémeos tinham conhecimento de que os filhos eram «cobaias» e levavam-nos uma vez por ano a Manhattan, para fazerem testes de inteligência e de personalidade.

De acordo com o The Mirror, os jovens têm um QI – Quociente de Inteligência considerado de génio (148 de QI). Os próprios pais também eram sujeitos a vários testes e entrevistas.

O David (um dos gémeos) começou a falar muito cedo. Eu lembro-me dele acordar um dia e dizer: ‘Eu tenho um irmão’. Nós brincávamos e dizíamos que ele tinha um ‘irmão imaginário’», confessou Claire Kellman, mãe adoptiva de David.

Quando os trigémeos se encontraram, as famílias ficaram revoltadas com o facto de lhes terem ocultado a existência dos outros irmãos, mas não existe nenhuma lei que puna a situação em causa.

A vida após a verdade (Ler mais aqui…)

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