Começa esta terça-feira a greve de trabalhadores do Grupo Plural Entertainment (GPE), que pertence à Media Capital. Até 10 de dezembro, não farão horas extraordinárias, reivindicando «melhores condições de trabalho», anunciou esta segunda-feira o Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE), em comunicado.
Recorde: Greve na Plural ameaça gravações de novelas
«É simples, as telenovelas e outros programas não são feitos nos gabinetes das administrações, são feitos pelas mãos destes trabalhadores, e é por causa do seu trabalho que os espectadores ligam a televisão. São eles que precisam de ser valorizados e respeitados», lê-se na nota, que pede «a redução do Período Normal de Trabalho, que atualmente atinge as 11 horas, durante a maioria dos dias da semana, do mês e do ano».
Luís Cunha Velho, diretor-geral do GPE, disse esta segunda-feira à TV 7 Dias, à margem da apresentação de Dança com as Estrelas, estar «tranquilo» quanto ao impacto que esta paragem pode ter em Valor da Vida e A Teia, as duas novelas atualmente em gravações. «Os planos vão manter-se. Não estou a diminuir a importância que a greve tem. É perfeitamente normal e legítimo. Estamos em democracia. Mas vamos acabar as ficções nas datas previstas», garantiu.
O responsável frisou ainda que «a Plural está, como sempre esteve, de braços abertos para conversar com todos os trabalhadores e com os sindicatos». «Continuamos a fazê-lo calmamente, com tranquilidade, abertura, espírito criativo e, portanto, tudo está a correr normalmente», acrescentou.
Recorde-se que o CENA-STE acusa a produtora de ter «falhado o prazo de entrega formal de uma proposta que fosse ao encontro das reivindicações apresentadas».
«Não sabemos com o que podemos contar»
A tranquilidade de Cunha Velho não se reflete no ambiente de trabalho que se vive em Bucelas, onde decorrem as filmagens da ficção emitida pela TVI.
São 130 os trabalhadores que integram os quadros da empresa, aos quais acrescem os que trabalham a recibos verdes e os contratados por projeto, enumera André Albuquerque, do CENA-STE, citado pelo Dinheiro Vivo. São essencialmente estes os mais «assustados» com esta greve.
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