Maruv deveria representar a Ucrânia no Festival Eurovisão da Canção, em Telavive mas uma série de eventos acabou por a excluir do certame de música… e ao próprio país também. Mas vamos por partes.
A 23 de fevereiro, a cantora ganhou o Vidbir, o equivalente ucraniano ao Festival da Canção. Depois da vitória, a UA:PBC, canal organizador do certame ucraniano apresentou um contrato a Maruv que incluía várias restrições, entre as quais não poder atuar em solo russo, algo que muitos artistas ucranianos fazem.
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A cantora recusou assinar o documento, justificando a sua opção nas redes sociais: «Sou cidadã da Ucrânia, pago impostos e amo o meu país. Mas não estou disposta a transformar a minha participação na Eurovisão em propaganda aos nossos políticos», escreveu Maruv, dizendo ainda: «sou cantora, não sou um fantoche do circo da política».
A tensão política entre a Rússia e a Ucrânia é histórica, desde a desintegração da União Soviética, mas a rutura entre os dois países aconteceu depois de a Rússia anexar da Crimeia (território ucraniano), em 2014.
Depois de Maruv sair de cena, a UA:PBC tentou chegar a acordo com os outros finalistas mas estes, em solidariedade para com a vencedora, recursaram o convite. O canal estatal ucraniano decidiu então retirar a participação na Eurovisão 2019.
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Até ao momento, estão já selecionadas 21 das 42 canções que vão participar na Eurovisão 2019. Portugal, que irá atuar na primeira semifinal, a 14 de maio, escolhe este sábado, 2 de março, o seu representante.
Texto: Raquel Costa | Fotos: Eurovision.tv