José Cid sofre pela morte da irmã, Maria do São João, vítima de covid-19 aos 89 anos. A dura perda deixou-o ‘sem chão’ e o cantor ainda lamenta não se ter despedido da familiar no hospital, nos seus últimos dias de vida, devido à pandemia. Deste modo, para a sentir mais perto de si, construiu um altar na própria casa para guardar as cinzas.
“Nos últimos três meses, ninguém da família a conseguiu ver”, confessou José Cid a uma publicação semanal. “Não percebeu, no final, o que é que lhe aconteceu. Ela não deve ter percebido porque é que estava no hospital e ninguém a foi visitar”, disse ainda.
Assim, como homenagem à irmã, acarinhada como a sua “segunda mãe”, o artista e a mulher, Gabriela Carrascalão, decidiram construir um lagar junto à chaminé, onde depositaram os restos da cremação. “Eu a Gabriela temos um altarzinho em frente à chaminé, com uma fotografia dela e com as cinzas”, contou José Cid à TV Guia.
O músico sempre falou de Maria do São João com carinho e apreço. “Apoiou-me toda a vida de uma forma incrível. Foi uma mulher sofredora, estava um bocado sozinha no fim de vida dela, embora tivesse seis filhos. Era extraordinária, boazinha”, assegurou durante visita ao “Dois às 10” em abril de 2021.
Texto: Carolina Sousa; Fotos: Arquivo Impala e Redes Sociais