Vera Kolodzig interpreta uma acompanhante em série da SIC: “Há bastantes cenas íntimas”

Vera Kolodzig regressa à SIC no papel de uma mulher que trabalha na noite lisboeta. A atriz promete muita sensualidade na série “O Clube”, da OPTO, o canal de streaming da estação de Paço de Arcos.

25 Dez 2020 | 12:50
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TV 7 Dias – Está a interpretar Maria, em “O Clube”, da SIC. Quem é esta mulher?

Vera Kolodzig – A Maria é a acompanhante de luxo mais desejada do Clube. Representa uma mulher de garra e força, confiante, experiente e misteriosa. Como quase todas as mulheres do Clube, tem uma vida dupla, o que lhe traz alguns desafios.

O que pode contar desta série que fala da noite e de acompanhantes de luxo?

É uma série com uma temática nunca antes vista em Portugal. Há bastantes cenas arrojadas e explora-se o erotismo com uma estética cuidada e atraente.

A imagem que tinha destas mulheres e desta opção de vida mudou com este papel? De que forma?

Tento praticar o “não julgamento” no geral, na minha vida, e é importante que estas personagens sejam também encaradas dessa forma. Fizemos bastante pesquisa e fiquei a conhecer algumas mulheres que trabalham na noite. Todas têm razões muito fortes para terem tomado esta opção de vida.

Sendo uma série que aborda a sexualidade, vão existir cenas mais pesadas ou o caminho seguido é outro?

Há bastantes cenas íntimas, sugestivas, sem serem explícitas.

Quando foi convidada, hesitou por algum momento em fazer este papel?

Não hesitei em nenhum momento. Encarei o convite como um dos maiores desafios da minha carreira. A Margarida Vila-Nova é a sua “patroa” a série.

Se não me engano, é a primeira vez que trabalham juntas em televisão. É fácil trabalhar com uma das suas melhores amigas?

Fizemos teatro na adolescência, o “Confissões de Adolescente”. A Margarida não só é muito minha amiga, como é uma atriz cujo trabalho admiro profundamente, e é uma excelente profissional. É sempre um privilégio trabalhar com alguém assim.

A SIC mostrou-a em “Mini Chuva de Estrelas” (1994) e “Médico de Família” (1999) e só agora, passados 21 anos, regressa. Nunca mais surgiu a oportunidade?

Participei no programa “Vale Tudo”, em 2014, portanto a boa relação manteve-se ao longo dos anos. Tenho tido a sorte de trabalhar com os três canais nacionais e fico contente por abraçar mais um desafio.

Como reagiu quando foi convidada para ir para a SIC?

A minha ida é uma ida para um projeto, tal como quando aceito dedicar-me a outros projetos de representação. Neste caso específico fui convidada para integrar um trabalho de uma realizadora que adoro, a Patrícia Sequeira.

Deixou a porta aberta na TVI?

Estou disponível para vários tipos de projetos, independentemente do canal. Apresentei também, recentemente, o programa “Missão 100% Português”, que irá estrear na RTP em breve.

Já leva 21 anos de carreira. Perdeu alguma coisa por ter começado aos 14 anos? A vida que tem vai ao encontro do que sempre quis?

Sinto que não perdi nada. Aliás, pelo contrário, ganhei grandes amigos ao longo dos anos, devido ao meu trabalho, ganhei maturidade e experiência de vida.

Como tem vivido este ano de 2020 com a COVID-19 e toda esta agitação em torno desta doença?

Acho que esta pandemia nos trouxe a oportunidade de refletir sobre a nossa consciência pessoal e global. Sei que tem sido um ano desafiante, económica e emocionalmente, para muitos. Pessoalmente, tenho vivido com a tranquilidade possível e tento aceitar aquilo que não podemos mudar. Vivemos numa nova realidade, cabe-nos a nós relacionarmo-nos com isso da melhor forma possível, prevenindo o que pudermos prevenir.

Tem cuidados redobrados no seu dia-a-dia? E com o seu filho, Mateus? De que forma é que todas as mudanças que estão a acontecer o afetaram na sua vida social?

Tenho o cuidado de seguir todas as recomendações da OMS. É possível manter uma vida social, ainda que noutros termos. Felizmente, vivemos numa era digital que nos permite manter contactos à distância.

O projeto “Unha Sem Carne” foi o seu escape durante a pandemia? Por que motivo a Vera e o Rúben [N.R.: namorado] escolheram exclusivamente fazer receitas veganas? Até onde pensam levar esta ideia?

O projeto “Unha Sem Carne” é mais um projeto a que me dediquei na pandemia. Acho que já deu para perceber que gosto de pôr as minhas ideias em prática! Receitas vegan, porque procuro seguir esse regime alimentar – a aceitação dos seguidores foi muito boa e tem sido muito positivo trocar ideias. Além deste, criei o meu podcast de autoconhecimento, chamado Kológica, e é onde recebo e converso com pessoas das mais diversas áreas e que têm coisas incríveis para dizer. Aprendo muito e estou muito satisfeita com o que temos publicado.

Para alguém que gosta de viajar, este foi um ano negro ou aproveitou para descobrir mais de Portugal?

Aproveitei para descobrir mais de Portugal. Temos um país maravilhoso e há que saber valorizar isso. Atualmente, fala mais abertamente de alguns assuntos da sua vida não profissional.

Essa mudança tem a ver com a maturidade, maior tolerância ou com uma maneira diferente de ver as coisas?

Sinto que encontrei a minha voz. O alcance público, que me trouxe a minha profissão, permite-me agora fornecer informações a um grande número de pessoas, para que vivam de uma forma mais positiva. Para poder fazer isso, faz parte partilhar parte da minha experiência e descobertas a nível do desenvolvimento pessoal, mesmo que às vezes o tema não seja tão óbvio ou comum.

Ao contrário de muitas figuras públicas, continua a proteger o seu filho do mundo digital. É uma questão de princípio para si ou sente que está a protegê-lo mais ao não o expor?

Creio que nenhuma das duas, quero dar ao Mateus a escolha de se mostrar ou não. Aliás, gravei um episódio no podcast, “inspiração para uma vida mágica”, com a Mikaela Öven, em que damos várias perspetivas sobre esse tema.

 

Texto: Luís Correia (luis.correia@impala.pt); Fotos: Divulgação SIC

 

(artigo originalmente publicado na edição nº 1758 da TV 7 Dias)

 

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