O homem que dá voz ao “Big Brother” e cuja identidade não é pública fala pela primeira vez sobre si. Em entrevista, revela que já chorou muito no confessionário, onde conversa com os concorrentes, explica como lida com os momentos de maior nervosismo vividos na casa e desabafa sobre o que o tira do sério.
“Já chorei muito, ri muito e gritei muito com eles no confessionário. É por isso que vale a pena vir trabalhar todos os dias”, diz o profissional que está, há 11 anos, por detrás da voz mais famosa do país. Em conversa com uma revista semanal, adianta ainda que, ao longo deste período, e apesar de existirem “milhares” de “momentos profundamente marcantes”, há um que não esquece: a expulsão de Wilson Teixeira, da “Casa dos Segredos 3”. A razão é simples: “Por ter contornos que envolvem emoções dentro e fora da casa, o que é importante para que se perceba que há muitas dimensões a considerar muito para além do que se passa aos olhos do espectador”.
O profissional que se assume como “Big Brother” garante ainda que “a única voz” tenta ouvir “sempre atentamente é a da razão” e que, ao final de mais de uma década nesse papel conseguiu “reduzir a muito poucas as vezes” que sonha com os concorrentes.
Voz do “Big Brother” sabe quando deixará o reality show
As revelações não se ficam por aqui. À TV Mais, o “Big Brother” assume que já lhe reconheceram a voz na rua – “Neguei até à morte e disse: ‘Que despautério!’ -, que é “daquelas pessoas que ficam mais calmas quando tudo se desmorona” à sua volta e que sairá deste mundo “assim que sentir” que o seu contributo “deixou de ser necessário ou deixou de ser reconhecido como uma mais-valia”.
E se houve uma vez em que cedeu “ao impulso”, recorda, foi quando, no “Big Brother – Duplo Impacto”, apareceu aos finalistas. “É difícil, para mim, conviver tão intensamente, de forma tão íntima, com os concorrentes durante meses e nunca chegar a olhar para eles cara a cara. No fundo, tenho por eles a mesma curiosidade que têm por mim”.
Quando aos participantes no “Big Brother Famosos”, que se estreia no próximo domingo, 2 de janeiro, com apresentação de Cristina Ferreira, frisa que “só interessa quem está e quem está de fora não racha lenha”. “Famosos ou não, assim que abrir as portas da casa, serão meus concorrentes, os escolhidos, não os trocaria por ninguém. Sempre olhei para os diferentes grupos de concorrentes desta forma e não vou mudar”, atira.
A atual edição, conduzida por Manuel Luís Goucha e Cláudio Ramos termina na noite desta sexta-feira. Ana Barbosa, António Bravo, Bruno Almeida, Fábio Faísca e Rui Pinheiro são os finalistas.
