Yannick Djaló fala sobre o atropelamento que matou a irmã: “Pensei logo no pior”

Yannick Djaló revela que temeu logo o pior assim que soube que a irmã, Açucena Patrícia, tinha sido atropelada nas Festas da Moita. O futebolista era “praticamente” um pai para a jovem.

02 Dez 2020 | 8:00
-A +A

Yannick Djaló, de 34 anos, recordou a fatídica noite em que a irmã, Açucena Patrícia, foi atropelada nas Festas da Moita. Estávamos em 2018 quando a jovem, de 17 anos, foi colhida por um veículo, cujo condutor agia por vingança contra um grupo de pessoas. O óbito foi declarado no local.

Naquele dia, o futebolista não se encontrava em Portugal. “Estava na Tailândia e recordo-me de a namorada do meu irmão me ter enviado uma mensagem a dizer que a Açucena tinha sofrido um acidente e que tinha batido com a cabeça. Eram três ou quatro da manhã na Tailândia. Pensei logo no pior. Muito sinceramente, pensei logo no pior”, lembrou, esta terça-feira, em entrevista a Maya e Duarte Siopa.

Sobre a relação que tinha com a irmã, Yannick Djaló frisou que era “praticamente” um pai para a jovem. “O pai deles faleceu bastante jovem (…). A minha relação com ela era bastante próxima. Falávamos diariamente”, disse ainda o atleta, no programa “Manhã CM”, da CMTV.

“Volta e meia, ligava-me a pedir para eu lhe comprar uns ténis e para lhe mandar umas coisas da Tailândia. Quando eu vinha, ela queria estar sempre comigo e queria que fôssemos passear. Era uma jovem bastante ativa, gostava de dançar… Foi uma pena”, acrescentou, referindo-se à tragédia como “muito triste”.

 

Condutor condenado a 16 anos de prisão

 

Em janeiro passado, o responsável pela morte de Açucena Patrícia, Abel Fragoso, foi condenado a 16 anos de prisão. Foi considerado culpado de um crime de condução perigosa, um de homicídio qualificado, relativo à morte da irmã de Djaló, e 11 de tentativa de homicídio, a respeito de outras pessoas que também se encontravam nas Festas da Moita.

Em tribunal, ficou provado que Abel Fragoso agiu por se ter sentido humilhado das agressões que sofrera por parte de um grupo que nada tinha que ver com Açucena Patrícia. O condenado pegou no carro, desviou as baias de segurança na rua que dava acesso ao centro da Moita, desprezou a ordem de paragem de elementos da GNR e atingiu um grupo de pessoas. A irmã de Djaló foi colhida pelo veículo e não resistiu aos ferimentos.

Além de Abel Fragoso, também a seguradora do carro usado por este foi condenada, desta feita ao pagamento de uma indemnização de 80 mil euros a Yannick Djaló.

 

Texto: Dúlio Silva; Fotos: reprodução redes sociais

 

VEJA TAMBÉM:
Yannick Djaló acusa Luciana Abreu de pôr a mãe e a irmã a vigiá-lo com as filhas
PUB